segunda-feira, 6 de junho de 2011

Easy A - A Mentira


Não me lembro de ter gostado tanto de um filme adolescente desde que assisti
Meninas Malvadas, que continua sendo um dos favoritos, mas é muito claro que Easy A está quase no mesmo nível de qualidade.
O longa conta a história de Olive (Emma Stone), uma garota apagada no colégio que acaba ficando popular após fingir transar com um amigo gay durante uma festa para acabar com boatos sobre a homossexualidade dele. Junto com a popularidade, Olive ganha a ideia de continuar fingindo fazer coisas com os outros garotos do colégio em troca de dinheiro, e sua fama só aumenta.
Não parece sério e nem diferente de alguma comédia pastelão de sucesso, mas o roteiro é muito bem trabalhado. As questões de popularidade e limites na vida colegial são abordadas de maneira leve e te faz se envolver facilmente com os personagens. É bom refletir sobre como certas coisas que eram tão importantes vêm se tornando tão banais e como o contrário acontece de forma ainda maior, como as coisas que deveriam ter importância são jogadas de lado e não discutidas. É aí que o filme ganha.
Outro fato é que não é possível não elogiar o elenco e a trilha sonora. Emma Stone é sensacional em vários sentidos e concorreu ao Globo de Ouro por sua atuação no longa, Amanda Bynes (Ela É O Cara), que teria esse como último filme se não tivesse desistido de se aposentar, o excelente Stanley Tucci (E.R., O Diabo Veste Prada) e a sempre perfeita Lisa Kudrow (a eterna Phoebe, de Friends). A música de abertura já anima e o resto é aquele tipo de rock mais leve, típico em filmes do gênero.
E é impressionante perceber como é raro assistir a um filme não cansativo. A narrativa de Easy A é dividida pela própria personagem contando sua história, isso dá certa dinâmica que deixa a coisa mais difícil de parar, mas isso fica quase repetitivo e deixa o final um pouco óbvio quando a trama está para acabar.
Enfim, claro que não é pra esperar um filme de John Hughes, mas é diversão garantida com muitas sacadas ótimas, tipo o grupo religioso do colégio e a história da DST. E falando em John Hughes, o filme é lotado de referências a ele, o que só fez com que o longa subisse cada vez mais no meu conceito... E agora é só elogios.

Um comentário:

Sandro Mangueirense disse...

A temática me parece interessante. Pelo que entendi, não sei se é impressão, o filme tenta chamar atenção para o fato de adolescentes de forma geral, estarem se tornando cada vez mais fúteis e desesperados pela "popularidade", que no futuro, perceberão, não servirá para nada.

http://estacaoprimeiradosamba.blogspot.com/